Querida,
Deixo-lhe aqui minhas condolências,
por todo transtorno, pela ausência de amor.
Observo também que ainda és
minha querida, de forma alguma lhe rejeitaria, a única que me trouxe o amor,
E que agora sofre em sua ausência.
Sinto muito tê-la feito passar por essa decepção, mas não entendo como você,
alguém tão grandiosa, alguém! Pode me amar?
Alguém como eu? Como amar
alguém que não se ama e adora se odiar?
Sinto lhe informar que tenho ódio
de você, você sobressalta-me! Quem ousa pensar ser? Odeio-te querida. E amo te
odiar. Pois sei que agora você odeia me amar.
É verdadeiro afirmar que o
que nos restou foi apenas ódio.
Estou partindo, para bem
longe daqui, para o infinito de sua imaginação e que nela eu lhe dê apenas um
aperto de mão, sem mais delongas vire-lhe as costas, parta-lhe o coração. E
embora meus olhos digam ao contrário, não retornarei para seus braços.
E se um dia me encontrar no
meio desse universo perdido e paralelo que tornará a ser nossas vidas, por
favor, vire-se, será angustiante demais pra você e acredito eu, não doerá te
ver.
Sim é claro e objetivo que estou fugindo! Por que? Ah,
querida. Há tantas coisas que ainda não posso explicar-lhe e talvez seja melhor
assim, sem sabermos realmente o triste fim.